Óculos, RayBan. Charuto, Gloria Cubana. Chapéu, Pralana. Olavo, o idiota de sempre |
Vamos ser francos sobre o brasileiro. Tudo
bem, eu concordo que o Eike Batista foi um sucesso construído, tão artificial
quanto chiclete em prenda de festa infantil. Tudo bem, ele soube usar seus
relacionamentos e seu QI (são coisas diferentes!) como ninguém. Tudo bem, ele é
o supra sumo master plus da arrogância. Mas sejamos francos: nós a-do-ra-mos o
fracasso dos outros. O brasileiro não sente prazer com o sucesso do seu
vizinho. Pelo contrário, nós queremos o fracasso alheio para ter um misto de dó
e veneno, a pena é nossa esmola. Mas veja o exemplo dos EUA. A cultura do
sucesso lá é quase um mantra. Candidato a presidente lá está entre os melhores
advogados do mundo, é magnata do petróleo, dono de multinacional e isso não faz
dele alguém honesto (ou desonesto) ou competente (ou incompetente). Aqui não, a
gente até aceita um candidato que foi ex-camelô, ex-seringueiro, ex-bóia fria
que chegou lá (seja lá onde for!). Até torcemos para ele ganhar, mas parece
sempre que é para a gente se deliciar quando ele cair depois. Se for rico e
tiver sucesso (honestamente), este não aceitamos porque é ofensa pessoal ou
pior, alguma coisa (desonesta) ele fez para chegar onde chegou. E isto vale
para política, para a cultura, para as finanças, para o carro zerinho do já
citado vizinho. As vezes acho que nunca entenderemos uma palavra simples que já
se explica por si só: meritocracia. Tá no nosso sangue, mas quem sabe um dia
aprendemos. Enquanto isso, vamos ver no que vai dar... Ah, sem trocadilhos, uma
segunda de sucesso a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário